A onça-pintada é um mamífero da Ordem Carnivora e Família Felidae. Atualmente é mais encontrada na América Latina, por exemplo, no Brasil. Ela é considerada o maior felino das Américas e o maior carnívoro da América do Sul, podendo pesar até 135 kg.
A onça-pintada alimenta-se de animais silvestres, como catetos, veados e tatus. O desmatamento e a expansão da agricultura alteraram o habitat desses animais e tornou-os um alvo de caça dos seres humanos, o que reduziu a sua população. Atualmente está classificada, segundo a União Internacional Para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), como quase ameaçada.
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Características gerais das onças-pintadas
As onças-pintadas são mamíferos, assim, apresentam o corpo coberto por pelos, sendo que estes se apresentam na cor amarelo-dourado com manchas pretas na cabeça, no pescoço e nas patas. Nas regiões das costas, flancos e ombros, essas manchas apresentam-se em forma de roseta com pontos dentro. Em alguns indivíduos, pode ser observado um fenômeno denominado melanismo, assim eles apresentarão a cor da pelagem preta, no entanto, as rosetas ainda poderão ser observadas de acordo com a luminosidade — são chamados onça-preta.
A onça-pintada é considerada o maior felino das Américas, sendo também o maior carnívoro da América do Sul, podendo medir cerca de um metro e 90 cm de comprimento e 80 cm de altura e pesar até 135 kg. Apresenta um corpo robusto e uma grande força muscular.
Alimentação das onças-pintadas
A alimentação das onças é bastante variada, podendo estar presentes em sua dieta mamíferos, répteis e aves. As presas variam conforme disponibilidade. Quando disponíveis, a preferência desses animais é por ungulados maiores, como veados, já que estes podem alimentá-los por até quatro dias, o que os ajuda a economizar energia.
Em animais machos, pode ser observada uma dieta constituída também por grande quantidade de animais menores, por exemplo tatus. Acredita-se que isso esteja relacionado à maior dispersão destes animais, já que não desempenham cuidados com os filhotes, sendo esse um papel das fêmeas. Em áreas degradadas, para a pastagem, por exemplo, as onças-pintadas podem alimentar-se também de bovinos.
Reprodução das onças-pintadas
A maturidade sexual dessa espécie ocorre dos dois anos aos dois anos e meio nas fêmeas e dos três a quatro anos nos machos. O período gestacional pode durar até 105 dias, podendo gerar até quatro filhotes, no entanto, gera-se normalmente dois. A amamentação pode ocorrer até os seis meses de idade, entretanto, são totalmente dependentes do leite até a 11ª semana de vida. Os filhotes tornam-se independentes da mãe por volta dos dois anos de idade.
Ecologia das onças-pintadas
Elas já apresentaram uma ampla distribuição, sendo encontradas desde os Estados Unidos até a Argentina. Atualmente são mais encontradas na América latina, por exemplo, no Brasil. Essas onças habitam principalmente áreas de florestas tropicais de planície, no entanto, podem ser encontradas em diversos locais, como florestas decíduas secas, planícies alagáveis e até regiões de pastagem, de preferência onde haja vegetação densa e próxima a cursos d'água.
Esses animais vivem solitários e apresentam hábito predominantemente noturno. Apresentam uma variação no tamanho corporal que pode estar relacionada ao habitat e suas presas. Desse modo, os indivíduos maiores habitam regiões de planície de inundação, como o Pantanal, e alimentam-se de presas maiores; já os indivíduos menores habitam regiões de florestas densas, como a Floresta Amazônica, e alimentam-se de presas menores.
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Conservação das onças-pintadas
As principais ameaças às onças-pintadas estão relacionadas à degradação de seu habitat para a agricultura, construção de hidrelétricas, mineração ou outras atividades. Como esses animais estão ligados aos cursos d'água, a expansão da agricultura, especialmente nessas regiões, é um grande problema, pois faz com que eles acabem entrando em conflito com a espécie humana.
Além disso, o desmatamento para a criação de pastagem, por exemplo, tem degradado fortemente o habitat das onças-pintadas, o que também aumentou o seu contato com a espécie humana, que alega prejuízos causados por essa espécie à criação de animais domésticos como um motivo para caçá-la. Diante disso, esses animais tornaram-se um alvo do homem, que, ao caçá-los, reduziu drasticamente suas populações.
Atualmente a onça-pintada está classificada, segundo a União Internacional Para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), como quase ameaçada. Isso significa que a espécie não se encontra atualmente ameaçada, no entanto, sem políticas de conservação, ela pode ser classificada nesse nível em breve.