Variabilidade genética

Variabilidade genética, ou diversidade genética, é a diversidade de alelos presentes nos indivíduos de uma espécie, sendo muito importante para a evolução.
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A variabilidade genética é a diversidade de alelos (formas alternativas de um mesmo gene) presentes nos indivíduos de uma espécie, o que lhes confere diferenças morfológicas e fisiológicas. A variabilidade genética permite que os indivíduos respondam de diferentes maneiras às mudanças que ocorrem no ambiente.

Alguns fatores influenciam na variabilidade genética, como a mutação, o fluxo gênico, a reprodução sexuada e a deriva genética. Entre eles, a mutação é o principal fator gerador de variabilidade, permitindo o surgimento de novas combinações dentro do conjunto de genes da população.

Leia também: Conceitos em genética – conhecimentos fundamentais para o estudo da área

O que variabilidade genética?

Variabilidade genética, também chamada de diversidade genética, refere-se à diversidade de alelos presentes nos indivíduos de uma espécie. Essa diversidade de alelos dentro de uma espécie permite que os indivíduos respondam de diferentes maneiras às mudanças que possam surgir no ambiente, sendo, assim, de grande importância para a evolução das espécies.

A variabilidade genética confere diferenças morfológicas e fisiológicas a indivíduos de uma mesma espécie.
A variabilidade genética confere diferenças morfológicas e fisiológicas a indivíduos de uma mesma espécie.

Variabilidade genética e seleção natural

Diversas mudanças podem ocorrer nos mais diferentes ambientes, por exemplo, mudanças climáticas, disponibilidade de alimento e surgimento de doenças, sendo que, muitas vezes, as mudanças ocorrem de forma imprevisível. Elas influenciam as populações que habitam aquele local, e a variabilidade genética dentro delas será de extrema importância para a sobrevivência das espécies.

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Indivíduos que apresentam alelos que lhes conferem características, que os permitem sobreviver a essas mudanças e deixar descendentes, terão maior sucesso sobre os que não os apresentam. Quando um alelo determina o surgimento de uma característica que confere uma vantagem ao indivíduo, ele tende a permanecer dentro da espécie, sendo transmitido assim aos descendentes.

Já alelos que não interferem, não conferindo assim vantagem ou desvantagem, têm a sua ocorrência oscilando nas diferentes gerações, um mecanismo chamado de deriva genética. Alelos que conferem alguma desvantagem tendem a desaparecer. Assim, quanto maior a variabilidade genética dentro de uma espécie, maiores são as chances dela apresentar indivíduos que consigam sobreviver às mudanças que ocorrem no ambiente, garantindo assim a evolução da espécie.

Fatores responsáveis pela variabilidade genética

Alguns fatores são fontes para o surgimento da variabilidade genética, enquanto outros atuam diminuindo-a. Dentre esses fatores, podemos citar a mutação, o fluxo gênico, a reprodução sexuada e a deriva genética.

A mutação é o principal fator gerador de variabilidade genética.
A mutação é o principal fator gerador de variabilidade genética.

1. Mutação: é a principal fonte para o surgimento de variabilidade genética. As mutações ocorrem ao acaso e permitem o surgimento de novos alelos nos indivíduos. O surgimento de novos alelos ocorre devido à inserção, troca ou até mesmo deleção de algum nucleotídeo do DNA, alterando assim a sequência de bases do DNA, o que acarretará em alterações na proteína que seria codificada e, consequentemente, em alterações no fenótipo daquele indivíduo. Muitas vezes as mutações são relacionadas a algo ruim, no entanto, é importante destacar que elas podem ser as responsáveis também pelo surgimento de características que conferem vantagens aos indivíduos, garantindo assim a sua sobrevivência mediante alterações no meio onde vivem. Leia mais sobre esse processo acessando: Mutação.

2. Fluxo gênico: é a movimentação de genes de uma população para a outra. Essa movimentação acaba por inserir um novo gene ou reintroduzir um gene em uma população, aumentando sua variabilidade genética.

3. Reprodução sexuada: uma das vantagens da reprodução sexuada é o fato de que para ela ocorrer é a necessária a participação de dois gametas, um masculino e um feminino. O processo de produção dos gametas já permite o aumento da variabilidade genética, devido à recombinação gênica, na qual ocorre a quebra dos cromossomos e a troca de partes entre as cromátides homólogas. Além disso, na fecundação, a união do gameta masculino e do feminino gerará um indivíduo que herdará uma nova combinação de genes.

Acesse também: Linkage (Ligação gênica) – presença de mais de um gene no mesmo cromossomo

4. Deriva genética: assim como a mutação, ela ocorre de forma aleatória. A deriva genética gera variações aleatórias nas frequências de alelos entre as gerações, podendo um alelo fixar-se ou até mesmo desaparecer com o passar das gerações, principalmente em populações pequenas. A deriva genética, diferentemente dos demais fatores, atua diminuindo a variabilidade genética da espécie.

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