Dominância e recessividade

A dominância caracteriza um gene que se expressa mesmo em dose simples, já a recessividade, um gene que só se manifesta em dose dupla.
Os genes são sequências de nucleotídeos do DNA capazes de sintetizar uma proteína
Os genes são sequências de nucleotídeos do DNA capazes de sintetizar uma proteína
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Em Genética, frequentemente nos deparamos com termos que dificultam a compreensão, caso não saibamos seu significado. Aprenderemos a seguir a diferença entre dominância e recessividade, dois termos essenciais para a compreensão dessa parte da biologia.

Primeiramente, devemos relembrar que alelos são genes que ocupam a mesma posição (lócus) em cromossomos homólogos. Esses alelos podem ser iguais ou diferentes. Observe abaixo dois cromossomos homólogos:

Observe que os alelos são diferentes nesses cromossomos homólogos
Observe que os alelos são diferentes nesses cromossomos homólogos

No caso demonstrado, temos alelos diferentes em cromossomos homólogos, o que significa que temos um indivíduo heterozigótico e os genes estão em heterozigose.

Observe outro exemplo:

Observe que os alelos são iguais nesses cromossomos homólogos
Observe que os alelos são iguais nesses cromossomos homólogos

Nesse caso, observamos que os alelos são idênticos. Quando os alelos são iguais, dizemos que o indivíduo é homozigótico ou que os alelos estão em homozigose.

Uma herança é dita recessiva quando determinada característica só se expressa em homozigose, ou seja, um alelo sozinho não é capaz de manifestar determinada característica. Dizemos que uma herança é dominante quando apenas um dos alelos é suficiente para manifestar tal característica. Isso quer dizer que esse alelo expressa-se quando está em homozigose ou heterozigose.

Para representar os genes, usamos a letra minúscula para o alelo recessivo e a letra maiúscula para o alelo dominante. Por convenção, usamos primeiro a letra maiúscula e, posteriormente, a letra minúscula: Bb, Aa, Cc. Geralmente, a letra é a inicial da característica recessiva.

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Para exemplificar melhor, usaremos o exemplo do nanismo acondroplásico, uma das formas mais comuns de nanismo. Essa doença é determinada por um gene dominante, sendo assim, apenas um desses genes é suficiente para expressá-la. Chamaremos de “n” o gene que determina que a pessoa apresenta crescimento normal e de “N” o gene causador do nanismo.

Indivíduos que apresentarem genótipo “Nn” e “NN” terão nanismo acondroplásico, enquanto aqueles que apresentarem genótipo “nn” serão normais. Isso se deve ao fato de que o gene N é dominante e expressa sua característica mesmo em heterozigose.

Outro exemplo que podemos citar é o albinismo. Essa doença está relacionada com a produção de melanina, sendo que uma pessoa albina não apresenta pigmentação na pele, cabelos e olhos. É uma doença recessiva e, para que ela ocorra, é necessário que o alelo “a” esteja em homozigose.

Sendo assim, apenas indivíduos “aa” apresentam albinismo. Os indivíduos “AA” ou “Aa” não apresentam a doença, produzindo normalmente a melanina. Concluímos, portanto, que o gene que determina a produção de melanina é dominante, pois ele sozinho é capaz de expressar a característica.


Por Ma. Vanessa dos Santos

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