Anexos embrionários

Anexos embrionários são estruturas que auxiliam no desenvolvimento do embrião, no entanto, não fazem parte de seu corpo. O âmnio é um exemplo de anexo embrionário.

Anexos embrionários são estruturas formadas pelos folhetos germinativos e presentes durante o desenvolvimento embrionário, auxiliando no desenvolvimento do embrião. Esses anexos são:

  • saco vitelínico;
  • bolsa amniótica ou âmnio;
  • alantoide;
  • córion;
  • placenta.

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O que são os anexos embrionários?

Anexos embrionários são estruturas presentes durante o desenvolvimento embrionário, sendo formadas pelos folhetos germinativos. Essas estruturas atuam em processos como:

  • nutrição;
  • respiração;
  • excreção;
  • proteção do embrião, auxiliando, assim, em seu desenvolvimento.

No entanto, é importante ressaltar que essas estruturas não fazem parte do corpo do embrião.

Além da espécie humana, outros mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e aves também apresentam anexos embrionários.

Os anexos embrionários auxiliam do desenvolvimento do embrião, mas não fazem parte de seu corpo.
  • Saco vitelínico ou vesícula vitelínica

Essa estrutura assemelha-se a um saco rico em vitelo, que ajuda na nutrição do embrião, especialmente em peixes, répteis e aves. Em mamíferos, como no ser humano, ela é reduzida, mas bastante vascularizada, permitindo, assim, a nutrição do embrião.

Nessa estrutura também se inicia a formação dos vasos sanguíneos, os quais migrarão posteriormente para o embrião propriamente dito. No entanto, a principal forma de nutrição em mamíferos ocorre pela placenta.

  • Bolsa amniótica ou âmnio

Essa estrutura, responsável pela proteção do embrião contra choques mecânicos e contra o ressecamento, está presente em répteis, aves e mamíferos. Ela tem uma grande importância evolutiva, pois permitiu a independência da água para a reprodução. A bolsa amniótica ou âmnio é constituída por uma fina membrana que delimita essa estrutura cheia de um líquido denominado amniótico.

  • Alantoide

O alantoide deriva da parte posterior do intestino do embrião, sendo uma estrutura que está presente de forma mais desenvolvida em répteis e aves e tem como função armazenar as excretas produzidas e participar de trocas gasosas, além disso, absorve minerais presentes na casca dos ovos e incorpora-os ao esqueleto do embrião.

Em mamíferos essa estrutura é reduzida, fazendo parte da estrutura do cordão umbilical, no qual formará vasos que farão o transporte de nutrientes e oxigênio da placenta para o embrião, e a remoção do dióxido de carbono e dos compostos nitrogenados do embrião.

  • Córion

O córion é uma membrana bastante vascularizada e que envolve tanto o embrião como todos os demais anexos embrionários, fornecendo proteção e nutrição. O embrião humano liga-se ao córion por uma estrutura precursora do cordão umbilical.

Em alguns mamíferos essa estrutura forma projeções (vilosidades coriônicas) que penetram na parede uterina, dando origem posteriormente à placenta. Em répteis e aves, essa estrutura localiza-se sob a casca e, junto ao alantoide, participa de trocas gasosas.

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  • Placenta

A placenta está presente na maioria dos mamíferos.

A placenta é uma estrutura presente em mamíferos eutherios ou placentários, como no ser humano, sendo pouco desenvolvida em mamíferos marsupiais, como os cangurus, e ausentes em monotremados, como o ornitorrinco. A placenta forma-se a partir do contato íntimo entre tecidos fetais (córion viloso) e maternos (endométrio uterino). A placenta é uma estrutura bastante vascularizada, o que permite as trocas gasosas, passagem de nutrientes para o embrião e retirada de excretas, e apresenta também uma membrana, denominada decídua, que ajuda a proteger o embrião.

A interação entre a mãe o embrião ocorre através do cordão umbilical, formado por duas artérias e uma veia. O oxigênio e os nutrientes que chegam à placenta pelo sangue materno difundem-se, através das paredes das vilosidades coriônicas, para a veia umbilical, pela qual serão transportados para o embrião. O dióxido de carbono e as excretas do embrião chegam à placenta, trazidos pelo sangue fetal através das artérias umbilicais, e difundem-se, pelas paredes das vilosidades coriônicas, no corpo da mãe, a fim de serem eliminados.

É importante destacar que o sangue materno não se mistura ao fetal, já que seus vasos sanguíneos não se encontram. A placenta também atua como uma barreira de proteção, impedindo a passagem de algumas substâncias e alguns agentes infecciosos. Saiba mais sobre esse anexo embrionário lendo o texto: Placenta.   

Por Helivania Sardinha dos Santos