Herpes-zóster

Herpes-zóster ou cobreiro é uma doença provocada pelo vírus causador da catapora e que pode levar a uma série de complicações.

O herpes-zóster é uma doença relativamente comum e que ocorre em pessoas que já tiveram catapora, sendo ocasionada por uma reativação do vírus varicela-zóster. A doença causa o surgimento de lesões de pele, as quais têm a forma de bolhas cheias de líquido. As lesões podem ser bastante dolorosas, podendo ser sentidas como uma queimação ou ainda como pontadas.

O herpes-zóster pode provocar diferentes complicações, sendo uma delas a neuralgia pós-herpética, a qual se caracteriza pela permanência de dor mesmo após a cura das lesões. O herpes-zóster apresenta diagnóstico, geralmente, clínico. Entretanto, casos mais complexos podem necessitar de exames complementares. O tratamento pode ser feito usando apenas medicamentos para tratar os sintomas ou também medicamentos antivirais.

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Resumo sobre herpes-zóster

O que é herpes-zóster?

Herpes-zóster, popularmente conhecido como cobreiro, é uma doença provocada pelo vírus causador da catapora (vírus varicela-zóster) e se desenvolve devido a uma reativação desse vírus no organismo. Após a infecção primária causada pelo vírus, ele permanece de forma latente no sistema nervoso, sendo possível, em determinadas situações, em que há uma queda na imunidade do indivíduo, reativar-se.

De acordo com o Ministério da Saúde, algumas pessoas desenvolvem herpes-zóster após contato com doentes de catapora e, até mesmo, com outro doente de herpes-zóster. Essas situações indicam que há a possibilidade de uma reinfecção em pacientes previamente imunizados. Além disso, o Ministério enfatiza que uma criança pode adquirir catapora por meio do contato com o paciente com herpes-zóster.

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento do herpes-zóster?

O herpes-zóster apresenta como principal fator de risco o aumento da idade, ocorrendo, principalmente, em pessoas com 55 anos. Esse fator está relacionado com uma queda na resposta imunológica mediada pelas células T à medida que a idade avança. Além dele, são fatores de risco o sexo feminino, etnia negra e casos da doença na família.

Quais são os principais sintomas do herpes-zóster?

O herpes-zóster pode iniciar-se com sintomas pouco específicos como febre baixa, coceira, dor nos nervos, mal-estar e sensibilidade local. Posteriormente, surgem as lesões características da doença que são pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas), circundadas por uma área avermelhada. Essas lesões secam e formam crostas em cerca de uma semana após seu início. Após duas a três semanas, elas estão curadas.

As lesões causadas pelo herpes-zóster localizam-se apenas em um lado do corpo, raramente ultrapassando a linha média. Em pacientes imunocomprometidos, pode-se observar, no entanto, lesões cutâneas disseminadas.

As lesões de pele causadas pelo herpes-zóster provocam dor leve ou intensa a depender do indivíduo. A forma como essa dor se manifesta também pode variar, seja como queimação, seja como pontadas. Algumas pessoas sentem dor mesmo sem que lesões surjam na pele. Essa condição é rara e chamada de zoster sine herpete.

Em algumas situações, o varicela-zóster se reativa no nível do gânglio geniculado do nervo facial e provoca uma síndrome conhecida como síndrome de Ramsay Hunt. Seus sintomas incluem a paralisia facial periférica e o surgimento de lesões e dor no pavilhão auricular.

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Quais complicações o herpes-zóster pode trazer?

O herpes-zóster é uma doença que pode provocar complicações graves. Uma das mais conhecidas é a neuralgia pós-herpética, uma dor que permanece mesmo após as lesões de pele terem sumido. Essa dor é muito debilitante e pode perdurar por meses e até mesmo anos.

Além da neuralgia pós-herpética, o herpes-zóster pode causar a chamada ataxia cerebelar, que pode afetar o equilíbrio e coordenação de uma pessoa, e a chamada síndrome de Reye, uma situação rara e potencialmente fatal que se caracteriza pela inflamação no cérebro. Pode-se observar ainda problemas oftalmológicos, varicela disseminada ou varicela hemorrágica em pessoas com sistema imunológico comprometido, infecção fetal e infecção secundária bacteriana. A infecção secundária pode provocar quadros de pneumonia, artrite, endocardite, entre outros problemas.

Como se diagnostica o herpes-zóster?

O herpes-zóster é uma doença que pode ser diagnosticada, na maioria das vezes, com base na análise dos sintomas apresentados pelo paciente. Algumas situações, no entanto, podem gerar dúvidas, o que requer a realização de exames complementares, como a imunofluorescência direta para o antígeno do varicela-zóster ou PCR para o DNA do varicela-zóster. Dentre os casos que podem necessitar de exames complementares, destacam-se aqueles em que não há a presença de lesões de pele e aqueles em que as lesões estão disseminadas.

Como o herpes-zóster é tratado?

O herpes-zóster pode ser tratado com o uso de antivirais ou apresentar tratamento apenas sintomático, ou seja, focado nos sintomas apresentados pelo paciente. O Ministério da Saúde indica este último para pessoas que não têm risco de agravamento.

Nesse caso, pode-se usar anti-histamínicos para atenuar a coceira, analgésicos e também antitérmicos. Em casos em que ocorre a infecção secundária bacteriana, deve-se fazer uso de antibióticos para contornar o problema. O Ministério recomenda a administração de antiviral para pessoas com risco de agravamento.

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Vacina contra herpes-zóster

Vacinas contra herpes-zóster, seringa e estetoscópio em mesa
A vacina contra herpes-zóster, até o momento, está disponível apenas em clínicas particulares.

Apesar de existirem vacinas contra herpes-zóster, elas não são disponibilizadas para todas as pessoas e são encontradas apenas em clínicas particulares, com um custo bastante elevado. Um dos grupos que podem ser beneficiados com a vacina são adultos com idade igual ou superior a 50 anos.


Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/doencas/herpes-zoster.htm