Johan Mendel nasceu na Áustria, em 20 de julho de 1822, e cresceu em uma fazenda, o que permitiu que recebesse instruções agrícolas com a educação básica. Em 1843, aos 21 anos, ingressou em um mosteiro da ordem de Santo Agostinho. Quando se tornou monge, passou a se chamar Gregor Mendel.
Naquela época, os monastérios eram também grandes centros intelectuais que patrocinavam diversas atividades científicas e educacionais, contando com vastas bibliotecas. Nesse período, Mendel teve como mentor o Abade Franz Cyril Napp (1792-1867), um naturalista membro de diversas sociedades científicas. Assim, sob a orientação de seu mentor, em 1851, Mendel deixou o mosteiro e passou dois anos na Universidade de Viena estudando Física, Matemática e História natural. Nesse período, iniciou seus experimentos em Botânica e teve grandes professores, como o físico Christian Doppler, que teve grande influência nos trabalhos de Mendel, fazendo com que utilizasse a Matemática para ajudar a explicar fenômenos naturais.
Quando retornou ao mosteiro, passou a ensinar Física e História natural em uma escola local, e seu mentor construiu uma estufa para que continuasse seus experimentos. Por volta de 1857, passou a trabalhar com ervilhas da espécie Pisum sativum, provavelmente pela grande variedade disponível, o curto tempo de geração, a grande quantidade de descendentes e a possibilidade de controlar o cruzamento entre as plantas.
Hereditariedade
Mendel cruzava as ervilhas do jardim do mosteiro para estudar a hereditariedade. Por meio das análises quantitativas da segunda geração de filhos produzida nesses cruzamentos, deduziu dois princípios básicos que podem ser aplicados a todos os organismos de reprodução sexuada. Esses princípios foram chamados de lei da segregação e lei da segregação independente – hoje também conhecidos como Primeira e Segunda lei de Mendel, respectivamente.
Os resultados de seus experimentos foram publicados em 1865, mas o reconhecimento de seu trabalho só aconteceu em 1900 com o biólogo Hugo de Vries (1848-1935), que, após a realização de diversos experimentos, observou que seus resultados já haviam sido descobertos por Mendel e publicados 35 anos antes.
Mendel trabalhou em diversas outras pesquisas até o ano de 1868, quando foi eleito Abade e passou a se dedicar a trabalhos administrativos do mosteiro. Embora tenha feito diversos outros estudos, o trabalho com as ervilhas foi o de maior destaque. Ele faleceu em 6 de janeiro de 1884 e, a partir do ano de 1906, o termo fundador ou “pai” da Genética foi designado a ele por suas importantes descobertas.
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