Atualmente há cerca de 100 mil espécies de fungos conhecidas. No entanto, com o avanço da tecnologia e estudos moleculares, acredita-se que possa existir mais de 1,5 milhão de espécies.
Essas espécies estão distribuídas em cinco grupos principais: quitrídeos, zigomicetos, glomeromicetos, ascomicetos e basidiomicetos, embora existam evidências de que os quitrídeos e zigomicetos sejam parafiléticos, isto é, têm um ancestral comum, mas não isso não se estende a todos os descendentes.
→ Classificação dos fungos:
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Quitrídeos (1.000 espécies): Os fungos do filo Chytridiomycota são encontrados em ambientes marinhos, lagos, solo e até mesmo em fontes hidrotermais. Podem formar colônias com hifas ou viverem solitários, como células esféricas. A grande maioria das espécies é decompositora, embora existam espécies parasitas de protistas, fungos, animais e plantas. São os únicos que apresentam esporos flagelados.
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Zigomicetos (1.000 espécies): Os fungos do filo Zygomycota são geralmente encontrados no solo e não formam corpo de frutificação. Nesse grupo encontramos espécies responsáveis pela deterioração de diversos alimentos, os chamados mofos. Muitas espécies são também parasitas e outras vivem como simbiontes em animais. Aqui encontramos espécies de grande valor econômico, pois são utilizadas na fabricação de molhos de soja (shoyu), medicamentos anti-inflamatórios e anticoncepcionais. A forma mais comum de reprodução é a assexuada por esporos.
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Glomeromicetos (160 espécies): Há pouco tempo as espécies do filo Glomeromycota estavam agrupadas em Zygomycota. No entanto, estudos recentes com o DNA de centenas de espécies mostraram que essas espécies formam um clado (grupo) separado. Elas têm grande valor ecológico, pois formam associações mutualísticas (micorrizas) com diversas espécies de plantas.
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Ascomicetos (65.000 espécies): Os fungos do filo Ascomycota são encontrados em ambientes marinhos, de água doce e terrestre. Sua principal característica é ter seus esporos formados em ascos. Cada indivíduo pode possuir mais de um asco, que pode unir-se a outros, formando o ascocarpo (corpo de frutificação). Os ascomicetos podem ser encontrados desde a forma de leveduras unicelulares até grandes indivíduos com forma de taça. Podem ser patógenos e decompositores, além de ter grande valor econômico e medicinal. Espécies do gênero Penicillium são utilizadas na fabricação de queijos especiais, como o camembert, e na fabricação da penicilina. A principal forma de reprodução é a assexuada.
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Basidiomicetos (30.000 espécies): As espécies do filo Basidiomycota são as mais conhecidas, pois entre elas está o comestível champignon, bem como os decompositores orelhas-de-pau. Aqui também se encontram espécies mutualísticas (micorrizas) e parasitas, como as conhecidas ferrugens. A reprodução sexuada é mais frequente e ocorre pela fusão de hifas, que crescem e dão origem ao basidiocarpo (corpo frutífero). Em algumas espécies, o basidiocarpo tem a forma de um chapéu e é popularmente chamado de cogumelo.
Alguns autores trazem dentro da classificação dos fungos o grupo deuteromicetos. No entanto, após estudos moleculares, as espécies pertencentes a esse grupo estão sendo remanejadas para outros grupos, especialmente os ascomicetos. Nos deuteromicetos não se observa o processo sexuado de reprodução e há um grande número de espécies patogênicas, como as causadoras de “sapinho” em crianças e de candidíase.
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