As células-tronco apresentam grande capacidade de diferenciação, ou seja, podem tornar-se outros tipos celulares. Além disso, são capazes de se dividir (autorrenovação), gerando outras células-tronco, permitindo, assim, a formação do organismo.
→ Tipos de células-tronco
As células-tronco podem ser diferenciadas em cinco tipos principais:
Células-tronco totipotentes: Essas células apresentam a capacidade de se transformar em qualquer tipo celular encontrado no corpo do indivíduo. De uma maneira simplificada, podemos dizer que esse tipo de célula-tronco é capaz de originar um ser por completo. Elas são encontradas no zigoto e no início do desenvolvimento embrionário (até a fase de 16 células - aproximadamente três dias de vida);
Células-tronco pluripotentes: Essas células-tronco diferenciam-se das totipotentes por serem menos versáteis, ou seja, não são capazes de dar origem a um ser vivo por completo, uma vez que não são capazes de originar tecidos extraembrionários. Como exemplo dessas células, podemos citar as células-tronco embrionárias encontradas na fase de blastocisto;
Células-tronco induzidas: Essas células-tronco são produzidas pelo homem, principalmente a partir de células da pele, mas também podem ser fabricadas a partir de outros tipos celulares. Nesse caso, as células recebem vírus que injetam genes capazes de reprogramar a célula para que ela volte a seu estágio embrionário. Essas células apresentam características muito semelhantes às das células-tronco embrionárias;
Células-tronco multipotentes: Essas células-tronco diferenciam-se em poucos tipos celulares. São responsáveis, principalmente, pela renovação celular, sendo encontradas basicamente em todos os tecidos do corpo, principalmente na medula óssea e no cordão umbilical;
→ Importância das pesquisas com células-tronco
As pesquisas com células-tronco buscam, principalmente, encontrar maneiras de reverter algumas doenças e/ou desenvolver terapias que retardem alguns processos. Com essas células, em razão da capacidade de diferenciação, espera-se conseguir, por exemplo, recuperar pessoas paralisadas, criar tecidos para transplantes e deter o avanço de doenças degenerativas ou até mesmo encontrar a sua cura.
Muitos estudos estão sendo realizados ao redor do mundo. O interesse científico maior está em células-tronco embrionárias, que apresentam maior capacidade de diferenciação. O problema nesse ponto é que, ao extrair as células-tronco do embrião, este acaba sendo destruído. Por essa razão, em muitos países, a pesquisa é proibida, por ser considerada um atentado à vida.
A lei nº 11.105, de 24 de março de 2015, garante as pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil. Segundo essa lei: “É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições: sejam embriões inviáveis; ou sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
Por Ma. Vanessa dos Santos
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/biologia-celular/celulas-tronco.htm