A hipertermia é o aumento da temperatura corporal, geralmente acima de 40 ºC, acima do ponto de ajuste hipotalâmico. A hipertermia pode ter inúmeras causas, como a exposição a ambientes com temperaturas elevadas e a realização de atividades físicas prolongadas em condições inadequadas, como em ambiente mal arejado. De acordo com a causa, ela pode ser classificada em clássica, por esforço e maligna.
A hipertermia pode apresentar alguns sintomas, como dor de cabeça, náuseas e transpiração intensa. Em caso de agravamento do quadro, pode causar inclusive a morte do indivíduo. O diagnóstico é realizado pela avaliação da temperatura corporal e pelo histórico do paciente. O tratamento consiste na utilização de métodos de resfriamento mecânico, como uso de toalhas molhadas e imersão do corpo em água morna ou fria.
A prevenção pode ser realizada evitando a exposição solar por tempo prolongado, com o uso de roupas leves, por meio da hidratação e evitando atividades físicas em dias muito quentes. Embora a febre também se caracterize por um aumento da temperatura corporal, ela se diferencia da hipertermia pelos seus fatores geradores e mecanismos de ação no organismo.
A hipertermia é o aumento da temperatura corporal acima do ponto de ajuste hipotalâmico. Assim, a temperatura central do organismo atinge valores acima dos 40 ºC, bem acima dos valores considerados normais. O nosso organismo apresenta, normalmente, uma temperatura central em torno de 36.6 ºC e 37.6 ºC, e sua manutenção dentro desse patamar é essencial para a manutenção da homeostase do organismo.
O Sistema Nervoso Central é responsável pela manutenção da temperatura central ideal do organismo. Quando a temperatura eleva-se acima desses valores ideais, receptores térmicos estimulam o hipotálamo a produzir uma resposta, desencadeando mecanismos de regulação, como o aumento da sudorese e a vasodilatação periférica. A hipertermia é decorrente da falência desses mecanismos que dissipam calor.
A hipertermia pode ser causada por inúmeros fatores e, diante disso, pode ser classificada como:
Hipertermia clássica: é decorrente da exposição a ambientes com temperaturas elevadas e acomete, principalmente, crianças e idosos. Em idosos ela pode estar relacionada, por exemplo, ao fato de os termorreceptores apresentarem uma sensibilidade reduzida, e as glândulas sudoríparas, uma capacidade reduzida. Em crianças podemos destacar uma taxa de transpiração mais baixa.
Hipertermia por esforço: ocorre devido à atividade prolongada da musculatura durante a realização de atividade física associada a uma elevada temperatura e umidade do ambiente.
Hipertermia maligna: ocorre em indivíduos geneticamente propensos, quando submetidos a alguns medicamentos, como alguns tipos de relaxantes musculares e anestésicos inalatórios, além da realização de intensa atividade física em ambientes com temperaturas elevadas.
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A hipertermia pode apresentar alguns sintomas que podem agravar-se, desencadeando, por exemplo, a falência dos órgãos e a morte do indivíduo. Dentre esses sintomas, podemos destacar:
Transpiração intensa
Respiração rápida
Desidratação
Dor de cabeça
Pressão arterial baixa
Náuseas e vômitos
Desmaios
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O diagnóstico da hipertermia é realizado por meio da avaliação da temperatura corporal, levando-se em consideração também o histórico do paciente, indicando o que desencadeou esse processo.
O tratamento da hipertermia é realizado com o objetivo de levar o corpo a perder calor para o ambiente e, assim, resfriar. Para isso, são utilizados métodos de resfriamento mecânico, já que os medicamentos antipiréticos, utilizados para o tratamento de febre, não são eficazes contra a hipertermia. Dentre os métodos utilizados, podemos citar:
retirada das roupas do indivíduo;
cobertura do corpo com toalhas molhadas;
imersão do corpo em água morna ou fria;
utilização de ventiladores;
em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação;
hidratação intravenosa e outras técnicas que deverão ser realizadas em ambiente hospitalar.
A hipertermia pode ser prevenida tomando-se alguns cuidados, como:
Evitar exposição solar por tempo prolongado;
Ingerir bastante líquido, principalmente em dias quentes;
Ingerir alimentos leves;
Usar roupas leves;
Evitar a prática de exercícios físicos em dias quentes;
Se for realizar alguma atividade física, ela deve ser feita em ambiente arejado.
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Embora a febre também se caracterize por um aumento da temperatura corporal, ela se diferencia da hipertermia pelos seus fatores geradores e mecanismos de ação no organismo. A febre é, geralmente, um mecanismo de resposta a agressões, como a ação de agentes infecciosos, enquanto a hipertermia é desencadeada por outros fatores, como altas temperaturas no ambiente, não estando, normalmente, ligada a processos infecciosos.
Enquanto na hipertermia há uma falência dos mecanismos que dissipam calor, os quais são responsáveis por manter o organismo numa temperatura ideal, na febre ocorre um aumento no ponto de ajuste hipotalâmico. Assim, na febre, a termorregulação continua atuante.
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/saude-bem-estar/hipertermia.htm