As arqueas, antigamente chamadas de arqueobactérias, são organismos procariontes pertencentes ao domínio Archaea. Várias características diferenciam-nas das bactérias:
O RNA desses organismos assemelha-se mais ao dos eucariontes do que das bactérias;
Suas paredes celulares são constituídas de polissacarídeos, glicoproteínas ou proteínas, não apresentando peptideoglicanas, que são substâncias presentes na constituição das paredes das bactérias;
Os lipídios de suas membranas também são diferentes dos presentes nas membranas dos demais seres vivos;
A maioria das arqueas são autotróficas quimiossintetizantes, enquanto as bactérias podem apresentar diversos tipos de vida.
Essa característica permite que elas vivam em locais extremos, onde muitos outros organismos não sobreviveriam. Geralmente esses organismos apresentam características que não só os permitem sobreviver nesses ambientes, como também parecem melhorar em ambientes extremos. Assim, eles são chamados de extremófilos (do grego, philos, amante - “amantes” de condições extremas) e podem ser divididos em:
⇒ Halófilos extremos: organismos que vivem em ambientes extremamente salinos, como o Mar Morto, em Israel. Um exemplo são indivíduos do gênero Halobacterium.
⇒ Termófilos extremos: organismos que vivem em ambientes extremamente quentes. Esses organismos vivem próximo de fontes termais submarinas e utilizam a energia química do gás sulfídrico para sintetizar compostos orgânicos. Um exemplo são os chamados de “cepa 121”, pois se reproduzem nesses ambientes a uma temperatura de 121°C. Eles possuem adaptações que tornam suas proteínas e material genético estáveis nessas temperaturas.
Embora sejam conhecidos por viverem em regiões extremas, alguns organismos vivem em ambientes moderados, como pântanos e vísceras de herbívoros, sendo chamados de metanogênicos, pois utilizam hidrogênio para reduzir o gás carbônico e produzir metano.
Por Ma. Helivania Sardinha dos Santos
Fonte: Brasil Escola - https://www.biologianet.com/biodiversidade/arqueas-arqueobacterias.htm